O FIC RIO tem a honra de apresentar os selecionados da sua primeira edição. Foram 330 filmes inscritos, quiçá 616 no próximo ano.
Há muito, deixamos o ano de 1996 pra trás. Mal iniciamos 2020 e, ATRAVÉS DOS SENTIDOS, já podemos nos deparar, ENTRE SILÊNCIOS, com um ARQUIVO repleto de MEMÓRIAS sobre (DES)MATAMENTO, VAMPIROS e RATOS INTRÉPIDOS, dentro de um QUARTO NEGRO que nos causa estonteante NÁUSEA.
Diante de tanta DICOTOMIA entre OS DIAS QUE ESCONDEM AS NOITES, O AFETO E A RUA, MODELO MORTO MODELO VIVO, nos sentimos como O MALABARISTA, caindo num ABISMO de uma verdadeira SINFONIA DA DESTRUIÇÃO.
O MENINO DAS ESTRELAS e O MENINO DA TERRA DO SOL atravessaram a ESTRADA DOS JAVALIS carregando O VÉU DE AMANI, de SABRINA, de SURE BEILE e de SOFIA, com a missão de receberem as bênçãos de O PADRE E O BENTO e decifrarem A ELIPSE DO TEMPO.
CADA CASO É UM CASO e, em sua LEGÍTIMA DEFESA, ARGEMIRA, que tem um OLHO MORTO e vive entre COPACABANA MADUREIRA, foi parar na DELEGACIA CARIOCA, para esclarecer O EMBROLHO sobre um REGALO, que ganhara de um safado MALANDRO DE OURO. QUEM DERA FOSSE STANISLAVSKI.
Num ÓLEO SOBRE TELA, vislumbramos uma ROSA DE AROUEIRA e as MEMORIES da anciã RASTA. Todos os dias ELA ACORDA CEDO, SOB O OLHAR DA CHUVA.
NÃO ME CHAME ASSIM, esbravejou MAURO, À MARGEM do rio HORNZZ, num ENSAIO performático a bordo da BARCA das 23h. Eu me chamo BLANKET, LA FILLE DE LA MARÉE, sentenciou ele, saltitando como uma MARIPOSA. Mas se quiser me levar pra jantar ou comer UMA FOLHA de CELATICOMUS no PALANTEER M’BEDD, da rua LIBERTAD 121…PODE FICAR À VONTADE.
Enfim, O QUE PASSOU ESTÁ AINDA POR VIR. Hoje vivemos dias de DESASSOSSEGO, governados por um BESTA-FERA, um verdadeiro CLEPTO do bom senso. TRANSFUGO da ordem, do progresso e do amor, seus ditames são, no mínimo, um AÇOITE. O CIRCO ESTÁ FECHADO, sem palhaço e nem pum, né Regina? TÁ FODA.
Porém, num verdadeiro CONTRAPONTO, RUTH e SAMY lideram uma INVASÃO DRAG, na qual HOMENS INVISÍVEIS e VISIBLES empunham VIEJOS ESTANDARTES e gritam a plenos pulmões: VRÁ-SIL, LIBERTAI.
***
A VOLTA PRA CASA é sempre um momento de pensar em boas lembranças…e, ao recordar sua experiência no FIC RIO, imagine o festival falando ao seu coração: NASCI PRA TI, ANTES DE HAVER O MUNDO. NÃO ME ESQUEÇAS, ME AME PARA SEMPRE.